Prefeitura do Pilar é denunciada ao MP/AL por perseguição politica e exoneração injusta

Caso é discutido na Câmara Municipal e vereadores se posicionam em defesa da vítima e contra perseguições políticas

Por Da Redação com Extra Alagoas 26/04/2024 - 11:22 hs
Foto: Google street Views


A servidora pública municipal Gerlane Bastos, que atuava no apoio escolar na Escola Municipal Washinton Melo Maio, no Imburi, em Pilar, denunciou a Prefeitura Municipal de Pilar ao Ministério Público de Alagoas por perseguição política. Segundo a denúncia, ela foi exonerada de seu cargo por participar de um evento de filiação com candidatos de oposição ao prefeito Renato Filho.

 

 

O caso foi debatido durante a sessão ordinária da Câmara Municipal de Pilar, na última quinta-feira (25), após o vereador Biu Barros entregar uma cópia do termo de declarações da denunciante aos parlamentares. O documento revela o depoimento de Gerlane, que estava exercendo suas funções desde fevereiro de 2024, após ser contratada por meio de um Processo Seletivo Simplificado realizado pela Secretaria Municipal de Educação.

 

Gerlane apresentou uma gravação em áudio de uma conversa que teve com a diretora da escola na presença da vice-diretora. No trecho do termo de declarações, é mencionado que a ordem de sua exoneração partiu do ex-secretário Clewinho Cavalcante, que a obrigou a ser exonerada devido à sua participação em um evento de oposição.

 

 

As vereadoras Thais Canuto, Joeli Lopes, e o vereador Marquinhos Cachoeira defenderam a servidora e repudiaram as perseguições políticas sofridas por Gerlane, outros funcionários públicos e a população mais carente nas mãos dos gestores municipais. Thais Canuto se colocou à disposição para lutar pelos direitos de todas as pessoas que estão sendo perseguidas, destacando que programas como o Bolsa Viva Bem Pilar, Prato Cheio e Vale Letras são leis e não devem ser retirados por questões políticas.

 

Indignada, Joeli Lopes afirmou que não compactua com esse tipo de política e ressaltou a importância da coragem para denunciar, visando acabar de vez com a opressão. Marquinhos Cachoeira repudiou a atitude dos gestores e solicitou ao promotor de justiça de Pilar, Silvio Azevedo, que entre imediatamente com uma ação de reintegração de Gerlane ao seu cargo. O vereador ressaltou que a certeza da impunidade é o que leva as pessoas a cometerem esse tipo de atrocidade.